Individualidades ofuscaram a equipa

“Perder ou ganhar é desporto” parece ter sido a máxima que guiou os “canarinhos” do Estoril ou Seixal. Não subestimando a categoria e a superioridade do adversário, a verdade é que o Estoril Praia optou por entregar o troféu ao Seixal sem dar luta. Este jogo estava perdido e, portanto, nada podia ser feito, essa era a ideia dos rapazes que em outras ocasiões souberam – e muito bem - tentar contrariar o que parecia dado adquirido.
Desta vez o que faltou em determinação de grupo sobrou em individualismo. O fantasma da estreia em palcos maiores voltou a atormentar os rapazes da Linha. Na verdade, cada um dos atletas tentou mostrar que, mesmo sozinho, podia fazer a diferença, acontece que o basquetebol é um jogo de equipa no qual só o colectivo pode fazer a diferença.

No Seixal, as individualidades ofuscaram a equipa

Quem acompanha este grupo poderá acusar do autor desta crónica dura frontalidade… Afinal são só miúdos!

Talvez, acontece que estes miúdos estão a crescer e a vida real vai colocar-lhe imensos desafios aos quais não podem voltar as costas como voltam ao cesto quando aquela bola cheia de efeito não entrou.

No basquetebol importa marcar, mas também defender, mas hoje os “canarinhos” resolveram fazer-se de “anjinhos” e encaixar uma pesada derrota – 93-33 – só porque sim!

Importa uma vez mais sublinhar a superioridade táctica e física, a pujança e a preparação da equipa da margem sul, contudo não podemos deixar de lamentar que o Estoril se tivesse resignado, tivesse entregado os pontos, em vez de os tentar disputar.

Somos apoiantes incondicionais deste grupo, somos pais e queremos o melhor para cada um destes meninos e por isso mesmo temos não podemos ludibriá-los. Pessoal vocês são grandes, bem melhores do que foram no Seixal.

Toca a deixar para traz a palavra derrota. No basquetebol, como em tudo na vida, nada é impossível. Ganhar é sempre possível, não há partidas perdidas antes de serem disputados. Afinal o campo é rectangular e a bola é redonda… Tudo pode acontecer. No futebol existem sempre os “tomba gigantes” e no basquetebol também podem surgir. Porque esperam?
O segredo do sucesso reside no trabalho, do rigor e porque não do suor que jogadores e treinadores investem quer no treino quer nos jogos oficiais, será que esses preceitos estão a ser cumpridos a 100 porcento?
Nós estamos convosco incondicionalmente, por isso acreditamos que não existem predestinados para a vitória, até ao final tudo pode acontecer, até grandes surpresas.
Unam-se tentem retirar o que de positivo têm as derrotas: vontade dobrada de ganhar!
No próximo sábado é para vencer. Em Almada tudo é possível, mas ganhar é mais que uma obrigação!
Força pessoal… lá estaremos a fazer barulho e a vibrar pela enorme formação do Estoril Praia.
Acreditem! Joguem!